terça-feira, 25 de fevereiro de 2014



LER
                                             

 Ler, um ato de aprendizagem e de prazer
A investigação aponta três objetivos distintos para compreender a importância do hábito de ler: 
              Ler por prazer; 
                         Ler para estudar; 
                         Ler para se informar. 
Ao ler por prazer desenvolve-se a imaginação,  desenvolve-se a escuta lenta, enriquece-se o vocabulário com a envolvência das diferentes linguagens.
Ler para estudar é o mais usual em idade escolar é é quase de caráter obrigatório para o leitor. O objetivo desta leitura é adquirir/conhecer os conteúdos para os aplicar corretamente em situação de avaliação.
            A leitura que se faz para adquirir informação é uma leitura mais dinâmica e descontraída livre de "obrigação" e é uma das melhores formas de obter conhecimentos.

            Os benefícios da leitura, segundo o MEC:
Desenvolve o repertório: ler é um ato valioso para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional. É uma forma de ter acesso às informações e, com elas, buscar melhorias para nós e para o mundo.

Liga o senso crítico na tomada: livros, inclusive os romances,  ajudam-nos a entender o mundo e a nós mesmos.

Amplia o nosso conhecimento geral: além de ser envolvente, a leitura expande as nossas referências e a nossa capacidade de comunicação.

Aumenta o vocabulário: graças aos livros, descobrimos novas palavras e novos usos para as que já conhecemos

Estimula a criatividade: ler é fundamental para soltar a imaginação. Através dos livros, criamos lugares, personagens, histórias.

Emociona e causa impacto: quem já se sentiu triste (ou feliz) ao fim de um romance sabe o poder que um bom livro tem.

Muda sua vida: quem lê desde cedo está muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e para a vida.

Facilita a escrita: ler é um hábito que se reflete no domínio da escrita. Ou seja, quem lê mais escreve melhor.




domingo, 23 de fevereiro de 2014

PROBLEMAS DE CONCENTRAÇÃO?
Será do cérebro?

Force uma criança com défice de atenção a concentrar-se e ela ficará mais bloqueada e incapaz de o fazer. Isto deve fazer-nos refletir sobre como funciona a concentração.

A concentração é uma atenção focalizada, seletiva e esforçada sobre um alvo a que alguns autores chamam de "ponto de concentração" (uma terminologia da Dra Lucy Jo Palladino, conhecida psicóloga).

Ela consegue-se através de uma zona do cérebro chamada cortex pré-frontal que é responsável pelo auto-controlo e outras funções executivas conscientes (supervisão, planeamento, gestão do tempo, organização, reflexão, pensamento crítico e analítico, etc.).

ATENÇÃO REPTILIANA
Existe uma outra área do cérebro também importante na aplicação da concentração e que está presente em muitos outros animais, incluindo os répteis. Mas trata-se de um outro tipo de atenção relacionada com a vigilância (veja como uma serpente se concentra poderosamente e imóvel quando pressente algo). É pois uma forma de atenção diferente, que também temos e que é gerida pelas regiões mais antigas do cérebro (também por isso conhecida como "cérebro reptiliano", situado perto da nuca). É uma atenção automática, computadorizada, gerida pelo organismo sem nosso controlo consciente).

PROBLEMAS?
Os problemas com a concentração podem ser de variada natureza mas os mais vulgares devem-se a cansaço, falta de sono, desmotivação, desinteresse, distrações, etc. No caso de haver uma falha no sistema do cortex pré-frontal (localizado por detrás da testa e dos olhos), a concentração pode tornar-se numa tarefa difícil e exigir intervenção farmacológica para espicaçar o cérebro (por isso se usam medicamentos estimulantes). Por exemplo, o café ajuda - até certo ponto - na concentração pois a cafeína é um estimulante do sistema nervoso.

Ok, voltemos aos problemas do referido cortex. Quando a falta de concentração é frequente ela deve-se a baixa atividade elétrica naquela região do cérebro. Daí ele precisar de estimulação que acontece quando uma pessoa, mesmo com défice crónico de atenção, recebe novidades e coisas altamente interessantes. Mas logo a sua concentração baixa passado o interesse.

O QUE SE PASSA NO CÉREBRO?
Na falta de concentração é uma reduzida atividade eletroquímica numa zona muito específica do cortex pré-frontal e um défice de concentração de um químico chamado dopamina. O cortex pré-frontal fica então hipoativo em vez de ativo. É genético ainda que possam haver situações psicológicas e ambientais que desorganizem o sistema (não esquecer que o cérebro tem uma capacidade própria de aprendizagem e de estruturação devido à neuroplaticidade).

COMO AJUDAR?
Em casos crónicos e graves o recurso a psicoestimulantes (medicamentos como a Ritalina) é uma boa opção. Mas existem alternativas. É o caso do biofeedback, da estimulação audiovisual, da neuróbica e ainda da alimentação (nunca se esqueça que aquilo que ingerimos tem efeitos no cérebro).

Alimentos para melhorar a concentração:
- dieta rica em proteínas (carnes magras, ovos, queijo magro, frutos secos e leguminosas);
- suplementos nutricionais (tirosina, ginkgo biloba, etc.) que devem ser controlados por um médico ou um nutricionista.

Alimentos que são contra a concentração:
- hidratos de carbono, sobretudo os refinados.

Nelson S Lima 
TÉCNICA DA CONCENTRAÇÃO
Como controlar o cérebro

A concentração é apenas um tipo de atenção. É um trabalho que executamos utilizando uma zona frontal do cérebro e que exige tenacidade e capacidade de sustentação. Para que sejamos capazes de usar a concentração temos de socorrer-nos da capacidade de auto-controlo mental, também chamado "domínio cognitivo".

O saber gerir a nossa atenção exige disciplina e uma boa auto-consciência. Repare-se que existem diferentes dimensões e características da atenção: por exemplo, em termos de amplitude, ela vai desde a "atenção negligente" (pouco esforçada) até à "atenção fascinada" (uma verdadeira hiperconcentração).

A atenção envolve os sentidos (os mais solicitados são a visão e a audição) mas também os estados emocionais, a saúde do cérebro (e do corpo em geral) e até a personalidade e o temperamento, passando pela motivação e os contextos e circunstâncias em que a usamos.

O tão falado "défice de atenção" é uma das perturbações desta capacidade mental. Mas há pessoas que sofrem de problemas mais graves como a "hipoprosexia" (diminuição global da atenção) ou a "aprosexia" (completa incapacidade de concentração) - patologias são já do domínio médico.

No cérebro existem 2 grandes sistemas de atenção: um localizado nas zonas mais profundas e antigas do cérebro (responsável pela vigilância do que se passa no interior do nosso corpo e no meio exterior, trabalhando mesmo quando estamos a dormir) e outro que se desenvolveu milhões de anos mais tarde e que está na parte superior e frontal do cérebro (o chamado "cérebro executivo" que nos permite a realização das operações mentais mais complexas como o pensamento reflexivo e analítico). Ambos os sistemas envolvem, por fim, o sistema límbico (onde se cruzam as emoções).  (Mental Training Europa) Veja a ilustração.


A VERDADE SOBRE OS HIPERATIVOS



Passo a vocês uma resposta que dei a um comentário sobre crianças hiperactivas. Há, de facto, pessoas (e aqui incluo crianças, adolescentes e adultos) que sofrem de hiperactividade patológica.


A explicação é simples e é neurológica. No cérebro há 2 sistemas atencionais: um situa-se na base do cérebro (vou dispensar os nomes científicos) e é responsável pela vigilância (até os peixes têm); o outro situa-se  nos lobos frontais (no chamado cérebro executivo, perto da testa). Este último é responsável pelo controlo da atenção, planeamento, etc. O problema está aqui, nesta zona. 

Disfunções neurológicas de nascença (como acontece na dislexia, na epilepsia, etc) impedem que algumas pessoas tenham dificuldade em controlar a atenção e a impulsividade, levando-as a ter problemas onde seria esperado estarem mais focalizadas nas coisas.

As crianças hiperactivas também o são fora das aulas e fora de casa. Temos, porém, de retirar deste grupo os falsos hiperactivos (caso dos que têm distúrbios de comportamento por razões várias como factores educacionais, traços de personalidade e temperamento, etc.). 

TALVEZ NÃO SAIBAM que os hiperactivos verdadeiros costumam melhorar com medicamentos estimulantes ou até tomando um café.

Porque é que os hiperactivos melhoram com psicoestimulantes como a Ritalina ou a cafeína? Porque a estimulação, através de substâncias neuroactivas, vai melhorar o funcionamento de grupos de neurónios envolvidos no processo e que se mostram "preguiçosos" (passe a expressão).

Por isso é que não se resolve também com "tranquilizantes" tipo Passiflora ou Xanax (é perda de tempo e dinheiro). Trata-se pois de um problema químico, estrutural e funcional do cérebro que está bem estudado, sobretudo pelos neurobiólogos (em laboratório) e pelos neurologistas (na prática clínica).

Pode verificar-se através de imagens do cérebro e de electroencefalogramas (que medem a actividade eléctrica do cérebro). Os hiperactivos verdadeiros já nascem com esse problema. Não é adquirido por força de erros de educação ou devido a situações incómodas (como estar sentado muito tempo). 

A verdadeira hiperactividade não tem cura mas pode ser atenuada através de medicação ajustada, psicoterapia, ioga, meditação e auto-hipnose (a aplicação de tudo isto varia conforme cada caso).  

Na minha prática clínica conheci muitos hiperactivos. Sei perfeitamente distinguir um verdadeiro de um falso. O problema, hoje em dia, é que a sociedade, com todo o stress que anda no ar, torna-os mais susceptíveis ao seu problema e sofrem bastante com isso.

Mas também as outras crianças, mesmo as não-hiperactivas, acabam por serem vítimas de neuroses, depressões e insegurança (que frequentemente leva-as a serem confundidas com hiperactivas). 

Quem não acreditar nisto, o mais que posso fazer é expor com detalhe científico (e chato) o turbilhão químico do cérebro e os problemas que isso às vezes causa. Não são manias dos médicos nem dos neuropsicólogos.   (Por Dr. Nelson Lima)


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014


Termina hoje a elaboração deste blog que nasceu com o objetivo de, ao longo deste semestre, partilhar informação sobre educação especial mais concretamente sobre a influência  das TIC   na vida das pessoas com deficiências várias. Senti imensas dificuldades pois não imaginava como funcionava, sequer, a mais simples destas ferramentas. Não chego ao fim mestre no assunto mas posso dizer que a aprendizagem que fiz foi muito positiva e que  neste momento estou capaz de continuar e aprender mais e mais explorando este mundo tão fascinante. Esse é o meu objetivo mas entretanto, esta nota de encerramento, torna-se necessária já que o semestre chegou ao fim e o blog terá de ser avaliado na Unidade Curricular de TIC. Informo então que o blog continuará a ser construído.
Agradeço à minha Professora de TIC, Maria João Gomes,  e a algumas colegas, que de certa forma já dominavam este campo, todos os ensinamentos que me proporcionaram. Muito obrigada.

TECNOLOGIAS ASSISTIVAS

As tecnologias assistivas podem ser compreendidas como recursos e serviços que têm como objetivo facilitar o desenvolvimento de atividades da vida diária de pessoas com deficiência. Procuram aumentar as capacidades funcionais e assim promover a autonomia e a independência de quem as utiliza.
Alguns instrumentos que podem fazer a diferença na vida de pessoas com baixa visão e/ou cegueira.

Máquina de Perkins
 Máquina de Perkins: É uma máquina utilizada na produção de textos em Braille.

Lupa Eletrónica

 Lupas eletrónicas- Desenvolvidas para auxiliar pessoas com baixa visão que necessitam de grande ampliação, de textos e imagens, na leitura e na escrita.
Pauta com Régua

Reglete - Com  a ajuda de um instrumento designado por punçao, a reglete auxilia na escrita em grafia braille. Com este instrumento o texto de braille é produzido no sentido oposto ao da leitura.
Dispositivo apontador alternativo




Dispositivos apontadores alternativos - Alternativas ao rato que viabilizam o acionamento de elementos de uma interface gráfica e a seleção do seu conteúdo. 
Teclado alternativo
Teclados alternativos - Dispositivos físicos ou programas de computador que oferecem uma alternativa para o acionamento de teclas, simulando o funcionamento do teclado convencional. Exemplos deste tipo de dispositivos são os teclados com espaçamento menor  ou maior entre as teclas.
Ampliador de ecrã


Ampliadores de ecrã - Sao aplicativos que ampliam parte do conteúdo apresentado no ecrã do computador e assim podem facilitar o seu uso por pessoas com baixa visão capazes de visualizar os elementos gráficos e textuais apresentados no tamanho exibido por esses aplicativos . Na medida em que ampliam parte do conteúdo apresentado também reduzem a área efetiva que pode ser visualizada na tela do computador removendo informações de contexto.